Patologias de Respiração Bucal e da Mastigação Unilateral

Durante a respiração nasal, o ar que vai para os pulmões através das fossas nasais é acrescido do líquido lacrimal, que contém mais de 94 elementos químicos. Quando chega ao pulmão, ocorrem importantes trocas metabólicas, responsáveis pela produção de elementos autoimunes que dão maior resistência a alergias. Quando uma pessoa usa a boca em vez do nariz para respirar, o líquido lacrimal escorre pelas fossas nasais, irritando a mucosa e causando rinite. E como a expiração não é nasal, secreções se acumulam nos seios paranasais. Esse ambiente, sem a limpeza natural feita pela respiração correta, oferece condições propícias para o aparecimento de bactérias e, assim, infecções causadoras de sinusites, otites e mastoidites. Ao ser aspirado pela boca, o ar não é umidificado, filtrado e não tem a temperatura equalizada. Isso irrita brônquios e bronquíolos, proporcionando o início de bronquites e asma brônquica. Quando uma pessoa respira pela boca, não consegue também mastigar bilateralmente, ou seja, alternando os lados da arcada dentária, porque precisa dar espaço para o ar entrar enquanto se alimenta. Resultado: sua mastigação passa a ser unilateral. A mastigação unilateral faz com que os músculos do pescoço, da cintura escapular (omoplata e clavícula) e da nuca se tornem hipertrofiados e encurtados. Isso ocasiona elevação do ombro do mesmo lado da mastigação, causando efeito cascata. Resultado disso ao longo dos anos: desvio postural, levando à escoliose. Com os músculos hipertrofiados apenas de um lado, a cabeça sofre uma rotação inadequada que afeta os ossos de toda a cabeça. Esse desalinhamento leva à compressão de nervos encefálicos, que causam cefaleia (dor de cabeça) e enxaqueca crônicas.